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MDS, ASA e academia debatem gestão da água de chuva no meio rural

MDS, ASA e academia debatem gestão da água de chuva no meio rural

O terceiro dia do 8º Simpósio Brasileiro de Captação e Manejo de Água de Chuva, que acontece em Campina Grande – PB, entre os dias 14 e 17 de agosto, iniciou com a palestra “Gestão Integrada de água de chuva no setor rural”, tendo como debatedores representantes Ministério do Desenolvimento Social e Combate à Fome, da Articulação do Semi-Árido – ASA e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

O MDS apresentou metas do governo para universalizar a água de beber (1ª água) nas comunidades rurais do Semiárido até o final de 2013 e, em um prazo maior, a água de comer (2ª água). Segundo Jesus Lima, que representou o referido Ministério no Simpósio, serão contempladas com as 750 mil cisternas e 600 outras tecnologias famílias consideradas pobres segundo critérios do governo. Jesus frisou que o objetivo do MDS é garantir a água por reconhecê-la como alimento.

Em seguida, Antônio Barbosa, da ASA, começou falando dos desafios a serem pensados neste 8º Simpósio que acontece em um ano de Seca, citando os ciclos de Secas que causaram grandes impactos no Brasil. Barbosa foi enfático na crítica ao governo quando menciona o histórico do trabalho em prol da Convivência com a Seca e não faz referência à ação da sociedade civil brasileira que há muitos anos já vem trabalhando neste sentido, a exemplos de entidades religiosas, sindicais, ONG's, etc.

O representante da ASA aponta como um dos limites no meio rural o acesso à terra e cita que cerca de 1 milhão e meio de famílias vivem no Semiárido e destas mais de 1 milhão precisam de cisternas para garantia da água, por ser a forma economicamente mais viável, portanto pode chegar ao maior número destas famílias. Na oportunidade menciona o equívoco do governo federal em adotar metas de construção de cisternas plásticas e obras como a transposição do Rio São Francisco, que gastam um volume de recursos altíssimos que poderiam ser investidos em diversas tecnologias para garantia da gestão da água da chuva no campo e até mesmo nas cidades.

Já o professor Cícero Andrade, da UFRN, defendeu a necessidade de avançar nos aspectos relacionados ao conhecimento tecnológico. “Temos vários aspectos a evoluir, a exemplo da segurança sanitária da qualidade da água, os aspectos da construção e implementação das cisternas, com a preocupação de passar para as pessoas que estão utilizando as cisternas”, exemplificou. Para ele, a relação entre o saber acadêmico e o saber popular vem crescendo, “porém precisa de um melhor entrosamento”, avalia o professor. Sobre isso, Antônio Barbosa, da ASA, chama atenção para urgência da Universidade contribuir mais no sentido de também propor e não apenas limitar-se às críticas.

Questionado pela platéia sobre a existência de medidas institucionais do governo para lidar com a questão hídrica no Semiárido de forma preventiva, Jesus Lima, do MDS, disse que a pergunta necessitaria de uma resposta mais substancial e apenas defendeu: “essa questão da água de chuva precisa entrar nos marcos regulatórios da política de saneamento básico no país”.

Durante a tarde, o público se dividiu para participar dos minicuros sobre “Captação e manejo de água de chuva no meio rural” e “Elaboração e implentação de projetos de aproveitamento de água de chuva: no meio rural e urbano”, iniciados no dia anterior. Na sequência participou da palestra “Aspectos sanitários e de saúde pública do uso da água de chuva: Orientações da Organização Mundial de Saúde, proferida pelo Dr Han Heijnen, OMS/Huganda.

O Simpósio tem como tema “Aproveitamento da água de chuva em diferentes setores e escalas : desafio da gestão integrada” e encerra nesta sexta-feira (17) com discussões sobre a a gestão de água de chuva no setor industrial e com a apresentação de experiências de captação, uso e manejo por agricultores experimentadores, dentre estes beneficiários do P1+2, executados pela ASA no sertão da Bahia.
 


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