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Lideranças e Movimentos Sociais do Vale do São Francisco juntam-se ao Coletivo de luta pela Ilha do Fogo

Lideranças e Movimentos Sociais do Vale do São Francisco juntam-se ao Coletivo de luta pela Ilha do Fogo

Falas a favor da saída do Exército da Ilha do Fogo, intercaladas com apresentações culturais, marcaram o Ato Público em defesa da Ilha (E do Rio São Francisco para o Povo!) realizado no final da tarde do último dia 06 na orla de Juazeiro (BA). Diversas lideranças se posicionaram a favor do acesso livre da população à Ilha do Fogo, que desde o dia 03 de setembro encontra-se sob a patrulha do Exército Brasileiro.

Situada entre Juazeiro (BA) e Petrolina (PE), o local sempre foi espaço de lazer de muitas pessoas das duas cidades e visitantes que, muitas vezes, não possuíam outras alternativas tão acessíveis. “A Ilha foi feita por Deus nosso criador para o povo, não é para o Exército tá lá. Estou decepcionada com esse governo”, desabafa Alice Pescadora, que afirmou que a luta do Coletivo Amigos da Ilha conta com o apoio do Movimento Nacional de Pescadores e Pescadoras artesanais.

Representantes de organizações como a Articulação Popular São Francisco Vivo, Sindicato dos Trabalhadores Rurais e Conselho de Juventude de Juazeiro, Associação de Professores Licenciados da Bahia (APLB), Associações urbanas de Juazeiro, Movimento Estudantil da Univasf, dentre outros, também sinalizaram apoio à luta durante o Ato. Manifestaram ainda apoios, através de representações, os deputados petistas Marcelino Galo, Yulo Oiticica e Zezéu Ribeiro. Os vereadores de Juazeiro Crisostomo Lima, José Carlos Medeiros e o recém eleito Tiano Félix compareceram ao evento e também se pronunciaram, dispondo-se para a causa.

Em meio a músicas, recital de cordel e o repente de artistas populares como o poeta e cantador Valdir Lemos, as falas tiveram tons de denúncia e indignação. “O Rio São Francisco e o povo do São Francisco em sua diversidade vem sofrendo diversas agressões”, disse Cícero Félix, da Articulação Popular São Francisco Vivo, ao mencionar os diversos desrespeitos que os governos e seus organismos vem legitimando, os quais afetam diretamente a vida do povo ribeirinho. Para o Coletivo Amigos da Ilha, a impossibilidade da permanência das 40 famílias de pescadores/as que há mais de 30 anos tem o sustento na pesca no Rio São Francisco e estão ameaçadas de expulsão da Ilha, é uma dessas agressões.

O presidente da APLB, Antônio Carlos, lembrou o sentimento de apatia de parte da sociedade e principalmente da juventude, que pouco tem reagido a esses tipos de tortura. Ele rememora o período da Ditadura Militar no Brasil e cita o comportamento de muitos jovens daquela época que se engajavam nas lutas e desafiavam aquela ordem opressora estabelecida, uma reação que, na sua opinião, está faltando hoje.

Um documento foi enviado à Presidenta Dilma Roussef, reuniões, formação de comitê, coleta de assinaturas estão acontecendo sob a coordenação do Coletivo Amigos da Ilha que também planeja outras mobilizações, acreditando na força de representantes políticos comprometidos com o povo, bem como na força da organização popular.


Por Érica Daiane - Jornalista

Rede de Educomunicadores da Bacia do São Francisco


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